A família do século XXI
A sociedade mudou. As famílias que eram tradicionalmente formadas pelo modelo nuclear (casal com filhos) estão ganhando novas configurações. É casal que não quer ter filho, é filho que não quer casar, é casal sem filhos que adota um animal de estimação, é família monoparental, é família reconstituída, é casal de pessoas do mesmo sexo, e assim são formadas as famílias modernas.
Atrelada a essa variedade de arranjos, uma realidade inevitável: famílias cada vez mais enxutas. Segundo o Censo do IBGE de 2022, a família brasileira encolheu, em média, para menos de três pessoas por domicílio.
Diante desse novo cenário de diversidade e flexibilidade, não dá para continuar com a mesma mentalidade de décadas atrás. Já deu para perceber que a sociedade está em constante movimento. É dinâmica. Muda em virtude de uma interação complexa de fatores econômicos, sociais, políticos, tecnológicos. É a mulher conquistando o mercado de trabalho, é o aumento do custo de vida, é a mudança nas normas e nas legislações de família, é a facilidade de acesso a informações.
Então, é preciso estar atento e adaptável às mudanças de tempo, às marés de transformação que movimentam a sociedade. É preciso compreender e aceitar esses fenômenos, sob pena de ser arrastado pelas ondas enquanto está mergulhado na inércia; ou, o que é pior, enquanto espera na fila do orelhão, impaciente, como este sujeito aí:
— Mas que canseira… — murmura seu Constantino. — Essa fila que não anda!
O tempo não para, o tempo corre, o tempo muda, o sol ressurge, e o seu Constantino se mantém estático na fila do orelhão, esperando a sua vez.
Veja também: Tempos modernos
3 respostas
Oi Raquel!
Olha pelo que há de se notar é melhor o o seu Constantino continuar na dele haja vista que com o passar dos tempos mais mudanças virão e ele irá ficar para trás. Serão tantas mudanças que de uma hora para outra ele vai é deixar de existir. Parabéns por mais essa crônica que retrata muito bem o nosso tempo e algumas pessoas resistem a essa mudança. Abraços.
Olá, Francisco! Fico contente com o fato de ter proporcionado uma reflexão sobre o nosso tempo. Abraços e obrigada pelo apoio!
Entendo o seu Constantino….meus discos de vinil são testemunhas..